O Brasil ganhou uma nova ferramenta no combate ao desmatamento. O Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) lançaram nesta segunda-feira (8) o Deter Não Floresta (Deter NF), sistema que monitora diariamente todo o bioma amazônico.
A novidade em relação ao Deter tradicional é que agora, além das áreas de floresta — que representam 80% da Amazônia —, o sistema também passa a acompanhar o desmatamento em formações não florestais, como cerrado, campos naturais e áreas de transição, que equivalem a 20% do bioma.
De acordo com o secretário André Lima, a tecnologia vai ajudar a identificar cortes ilegais de vegetação nativa em tempo real, ampliando a capacidade de fiscalização e evitando financiamentos em áreas desmatadas de forma irregular. “Esse era um pedido antigo dos órgãos de controle. Agora temos mais um indicador para reforçar a luta pelo desmatamento zero até 2030”, afirmou.
O Deter NF usa imagens de satélite e inteligência artificial para gerar alertas de desmatamento, queimadas, mineração e outras atividades que alterem a vegetação nativa. Atualmente, o sistema já cobre mais de 75% do território brasileiro, com dados disponíveis gratuitamente na plataforma TerraBrasilis.
A meta do governo é expandir o monitoramento diário para outros biomas, como Mata Atlântica, Caatinga e Pampa, que ainda não possuem cobertura.