O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (16) a autorização para que o governo federal contrate um empréstimo externo de cerca de US$ 320 milhões, o equivalente a aproximadamente R$ 1,7 bilhão, destinado à criação do primeiro “hospital inteligente” do Brasil. A proposta foi encaminhada pelo Poder Executivo e segue agora para promulgação.
Segundo o Ministério da Saúde, o projeto prevê a implantação do Instituto Tecnológico de Emergência no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). A nova unidade deverá ser totalmente digital, com uso de tecnologias como inteligência artificial, telemedicina e sistemas integrados de conectividade. A previsão é que o hospital entre em funcionamento em 2029.
A estimativa do governo é de que o hospital inteligente tenha capacidade para atender cerca de 180 mil pacientes nas áreas de emergência e terapia intensiva, além de 10 mil atendimentos em neurologia e neurocirurgia. Também estão previstas aproximadamente 60 mil consultas ambulatoriais na área neurológica.
O projeto inclui ainda critérios de sustentabilidade ambiental. De acordo com o governo federal, a estrutura seguirá padrões internacionais, com certificação verde e sistemas de monitoramento do consumo de energia, água e gestão de resíduos.
O parecer favorável à proposta foi apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Os recursos serão obtidos junto ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics, instituição atualmente presidida pela ex-presidente Dilma Rousseff, conforme lembrou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
De acordo com o relator, a iniciativa tem como objetivo modernizar o Sistema Único de Saúde (SUS), ampliar o acesso a serviços de alta complexidade e integrar inovação tecnológica à rede pública de saúde. A proposta busca ainda criar um modelo de hospital público inteligente que possa ser replicado em outras regiões do país.







