Segundo o Portal Metrópoles, nos bastidores do governo a presença de esposas de ministros em Tribunais de Contas Estaduais (TCEs) tem gerado debates sobre a influência política e a discutida independência desses órgãos.
Rejane Dias, ex-primeira dama do Piauí (mulher do ministro Wellington Dias) foi a primeira a virar conselheira de tribunal. Vieram outras, mas bem recentemente, a Assembleia Legislativa do Ceará elegeu Onélia Santana, esposa do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), para o cargo de conselheira do TCE-CE.
A nomeação é apenas uma entre várias que chamaram a atenção no cenário político. E tem, certamente, melhordo a renda familiar de cada ministro.
Onélia Santana se junta a outras esposas de ministros que ocupam posições similares em diferentes estados.
Entre elas estão Marília Brito Xavier Góes, esposa do ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (União Brasil); Rejane Ribeiro Sousa Dias, casada com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias (PT); Aline Fernanda Almeida Peixoto, esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT); e Renata Pereira Pires Calheiros, casada com o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB).
Essas nomeações são vistas por críticos como uma extensão da influência política nos órgãos que deveriam atuar como fiscalizadores independentes das contas públicas. Com salários e benefícios que podem ultrapassar os R$ 100 mil mensais, as conselheiras assumem postos estratégicos, reforçando questionamentos sobre a transparência e imparcialidade dos TCEs.
Além da questão das remunerações elevadas, a ocupação de cargos nos Tribunais de Contas por familiares de figuras políticas levanta preocupações sobre possíveis conflitos de interesse e a capacidade desses órgãos de realizar uma fiscalização rigorosa e isenta.
Enquanto defensores das nomeações argumentam que os critérios técnicos são respeitados, opositores apontam para uma necessidade urgente de maior independência e controle social sobre essas instituições.
Fonte: Com informações do Metrópoles