Lula, que atacou cartão corporativo sob Bolsonaro, eleva gastos e aplica sigilo de 100 anos

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O governo Lula, que alardeava compromisso com a transparência em 2022, mergulhou no contraditório ao impor sigilos de 100 anos sobre documentos de interesse público. Dados do O Globo revelam que, entre janeiro de 2023 e dezembro de 2024, 3.210 pedidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) foram negados sob o pretexto de “dados pessoais”. Esse número supera em 8,4% as negativas nos primeiros dois anos do governo Bolsonaro. O Planalto esconde informações como a lista de visitantes da primeira-dama e a relação de militares presentes no 8 de janeiro de 2023.

As justificativas de “segurança” usadas para encobrir informações sensíveis não convencem especialistas, que apontam ilegalidades nos sigilos, como o caso da declaração de conflito de interesses do ministro Alexandre Silveira. A decisão expõe um governo que prega transparência, mas protege dados até mesmo do ENEM, com 702 pedidos negados sobre boletins de desempenho.

Enquanto isso, os gastos com cartões corporativos dispararam para R$ 38,3 milhões até outubro de 2024, um salto de 9% frente ao governo anterior, mesmo considerando a inflação. O Planalto atribuiu o aumento a viagens internacionais de Lula, que passou 63 dias fora do país em 2023. Mais uma vez, o discurso cai por terra, dando lugar a cifras exorbitantes e opacidade.

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